Mesmo que eu tenha me acostumado com a sua presença, que a sua amizade seja hoje uma das coisas que me mantém prosseguindo,não há mais de ser.
E eu sou extremamente feliz,mas esses serão dias em que eu acharei tudo idiota e sem graça.
Eu respirei,chorei,senti o fim,a dor de tanto procurar e se ver sozinha.
E eu permaneci,diferente,quieta,triste.E me vi como os mortos,que ficam em qualquer lugar,até debaixo da terra.Morto não sente,não se magoa,e por isso mesmo permaneci.
Só que eu to viva.
Eu acho que seu desejo morreu,talvez tenha sido tudo pela breve sensação de conquista e vitória.Tudo bem.Acho que o meu morreu também.
Você termina em mim.Em tanto somos tão parecidos.Em quase tudo somos basicamente diferentes.
Mesmo que a sua falta de interesse e a sua desistência mostrem pra mim como tudo pode ser amargo,e pior:como tudo sempre foi,e eu é que,vai ver,sou forte,ou abençoada demais pra sucumbir.Mesmo que nada disso faça sentido a você,que seja só o delírio de uma louca,não faz mal.E tudo bem,não é você,nunca foi,mas presta atenção na doideira:é que nada disso impede que eu sinta um amor absurdo por você.
Isso tem que parar,por que nessa minha concha,tudo isso é mentira,a pérola,o barulho do mar...
Eu percebi que prestava atenção no boné que você nunca tirava, na devoção absurda a um time derrotado,e aos anéis do seu dedo,e me peguei prestando atenção em tudo isso e amando tudo,tanto,tanto...como se nada no mundo fosse mais bonito,ou mais perfeito.
Eu sei que tudo isso daqui a pouco passa...mas agora,hoje,guarda isso:eu amo você demais.
Por que eu escrevo?Por que é a forma que eu tenho de eternizar os sentimentos que vem e vão com a gente.
Toma esse texto,o único lugar seguro e eterno pra gente.
Chayenne Guerreiro
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