O medo

Então ta! É isso mesmo. Eu tenho medo. Por que é uma coisa tão óbvia que todas as lágrimas que eu derramei nem eram pela historia antiga, ou pela sensação de perda, e você um dia vai acabar percebendo isso. E por que um dia você vai se tocar que sou covarde, falha, estúpida e humana, e não por que novas historias fossem mais interessantes que a nossa, ou mais fácil.

Mas por que eu percebi que se eu errasse tudo igual e de novo contigo, você ia me odiar. É, eu tive medo de não conseguir provar pra você que eu nunca iria errar os mesmos erros iguais e de novo contigo, por que você sempre foi a unica coisa certa em tudo que me cercava.

É, eu tenho medo por que eu senti ciúmes mesmo dizendo pra mim que não era você quem eu queria, sabendo aqui dentro, em tantas outras vezes que eu sempre tive certeza que era você quem eu queria. E por que eu tive que engolir o choro varias vezes com você, por você, pra você não perceber que era amor aquilo.

Por que você é um bobo. Gosta de umas coisas ridículas, e me tira completamente do serio. E você tem mais força, coragem e equilíbrio do que eu já tive na vida. E sempre foi tudo o que um dia eu esperei pra mim, eu me obrigo a confessar: em todos os dias que eu te vi, eu me apaixonei por você.

Só que o meu medo nunca foi maior que o seu. Eu sei que você se foi por medo e eu te deixei partir no meu maior ato de coragem.

Só de tentar viver sem você exige uma porção de coragem que eu achei que nunca tivesse.

Então ficamos assim: um bocado de coragem para mim, uma porção de covardia pra você.

Por que não adianta nem mais uma linha ser escrita sobre uma historia que você nunca nem tentou ler.

Afinal, tudo aquilo era só momento, e tudo isso aqui, são só palavras.

Chayenne Guerreiro